Quero ter um filho
Fertilização Recíproca (Método ROPA)
Fertilização Recíproca (Método ROPA)
VoltarFertilização Recíproca (ROPA)
para Casais de Mulheres
A Fertilização Recíproca, mais conhecida como método ROPA (Receção de Óvulos da Parceira), é uma opção cada vez mais popular nos casais de mulheres. Este método, apenas possível através de técnicas de procriação medicamente assistida (FIV ou ICSI), possibilita que uma das mulheres do casal seja a responsável pela doação do óvulo e a sua parceira a responsável pela gestação do embrião. Ambas são, assim, mães do bebé que irá nascer.
O DNA do embrião será herdado apenas da mãe genética (dadora do óvulo) e do dador de esperma, mas vários estudos científicos demonstram que durante o período em que o embrião se desenvolve no útero ocorrem também alterações na expressão genética do embrião, que são determinadas pelo ambiente uterino da mãe gestante (influência epigenética).
Embora o embrião não herde nenhuma das características da mãe gestante, o desenvolvimento no seu útero vai determinar de forma única a atividade genética. Vai também influenciar aspetos tão diferentes e importantes como, por exemplo, a proteção da criança a determinadas doenças.
Segundo a legislação portuguesa ambas as mulheres serão legalmente as progenitoras do bebé nascido.
No método ROPA ambas as mulheres têm uma preparação simultânea para a realização do tratamento. Enquanto que uma será estimulada hormonalmente para a colheita de óvulos, a outra será preparada hormonalmente para a receção do embrião no seu ambiente uterino.
A fertilização dos óvulos pelos espermatozoides (de um dador de esperma) ocorre em laboratório, através de FIV ou ICSI e o embrião (ou embriões) é posteriormente transferido para o útero da mãe gestante para que a gravidez possa ocorrer.
Este método torna-se, assim, numa verdadeira partilha para os casais de mulheres, tanto na jornada que é o tratamento de Procriação Medicamente Assistida (PMA) como na vivência das emoções que ocorrem com a desejada gravidez.
O seu tratamento passo a passo
01 – Exames e análises
Um dos primeiros passos é a realização de exames e análises. Estes são necessários para o vosso médico poder avaliar a situação clínica. Entre os vários exames possíveis encontram-se a ecografia ginecológica, as análises hormonais ou as análises de doenças infeciosas.
Se o tratamento de PMA definido for a Fertilização Recíproca (ROPA) envolverá ambas as mulheres do casal e um dador de esperma.
Os tratamentos com recurso a doação de gâmetas, sejam estes espermatozoides ou óvulos, implicam que o casal compareça a uma consulta de aconselhamento psicológico na nossa clínica. Embora seja de carácter obrigatório, esta é apenas uma consulta de aconselhamento com o objetivo de discutir as implicações legais, emocionais e sociais inerentes à realização deste tipo de tratamento.
02 – Seleção do dador de esperma
Nesta fase do vosso tratamento irão ser contactadas por um membro da nossa equipa de embriologistas para que seja determinado o dador de esperma mais adequado ao vosso tratamento. A AVA Clinic para além de ter o seu banco de esperma, estabeleceu também protocolos com diversos bancos de esperma internacionais que seguem todas as normas de qualidade e segurança requeridas pelo Conselho Nacional de Procriação Medicamente Assistida, oferecendo assim um vasto leque de possibilidades para quem necessita de recorrer à doação de esperma.
Após a seleção do dador de esperma, o vosso tratamento está pronto a ser iniciado. Através de um controlo hormonal, este poderá ser iniciado em qualquer altura e será adaptado à vossa disponibilidade. Para realizar uma Fertilização Recíproca deverão contar com um período de quatro a cinco semanas, desde a altura em que se inicia o tratamento até ao momento em que fazem o teste de gravidez.
03 – Estimulação dos ovários (da mãe genética)
O tratamento começa com a estimulação dos ovários daquela que será a mãe genética (dadora dos óvulos) para que estes produzam mais do que um óvulo.
Sem medicação, o ovário feminino liberta em cada ciclo um óvulo, dando origem a um potencial embrião. Neste tipo de tratamento, o objetivo é podermos recolher vários óvulos no mesmo ciclo para que sejam criados mais embriões em laboratório. Para isso, os ovários precisam de ser estimulados e isso é conseguido através da toma de medicação hormonal injetável. Existem diversos protocolos para a estimulação ovárica e o vosso médico determinará qual o protocolo que melhor se adequa ao vosso caso específico.
Durante este período de estimulação ovárica (que tem uma duração média de 10 dias) será necessário visitar a nossa clínica a cada três dias para que o crescimento dos folículos (“bolsas” onde crescem os seus óvulos) seja controlado ecograficamente. A qualquer altura, o protocolo poderá ter de ser corrigido e as doses hormonais poderão sofrer alterações e, portanto, este controlo ecográfico torna-se essencial para o sucesso do vosso tratamento.
04 – Preparação hormonal do útero (da mãe gestante)
Ao mesmo tempo que decorre o processo de estimulação ovárica da mãe genética, também o útero da mãe gestante terá que ser preparado para receber o embrião (ou embriões) que será gerado em laboratório. Esta preparação consegue-se através da toma de medicação hormonal.
05 – Colheita dos óvulos (da mãe genética)
Assim que os folículos atingirem o tamanho ideal, a punção ovárica será programada e os óvulos serão colhidos com o nível de maturação indicado para a fertilização em laboratório. Este procedimento é feito em bloco operatório e sob anestesia e, portanto, não se trata de um procedimento doloroso.
Os óvulos colhidos são depois levados para o laboratório onde vão permanecer em condições semelhantes às encontradas no corpo humano, ideais à sua fertilização e ao posterior desenvolvimento dos embriões criados.
No dia da punção ovárica não são necessárias mais do que cerca de três horas para recuperar desta intervenção e é possível regressar à rotina habitual assim que saiam da clínica (com as devidas exceções que o médico poderá indicar).
06 – Descongelamento do esperma
No mesmo dia da punção ovárica, vamos proceder ao descongelamento do esperma do dador selecionado para que possamos juntar em laboratório os óvulos e os espermatozoides do dador. Após a análise do esperma descongelado, os nossos embriologistas aplicam técnicas laboratoriais que permitirão selecionar os espermatozoides com melhor mobilidade e morfologicamente mais perfeitos. Existem diversas técnicas para o melhoramento da amostra de espermatozoides e os nossos embriologistas vão certificar-se de que escolhem a técnica mais indicada para cada caso.
07 – Fertilização dos óvulos
No mesmo dia da colheita dos óvulos e do descongelamento do esperma, a fertilização dos óvulos pelos espermatozoides já selecionados ocorrerá em laboratório. Neste momento iremos utilizar uma de duas técnicas para atingir a fertilização dos seus óvulos:
- Fertilização In Vitro (FIV)
Nesta técnica apenas nos limitaremos a juntar os óvulos com a quantidade certa de espermatozoides selecionados para que a fertilização possa ocorrer. Este é o método clássico de fertilização e o fisiologicamente mais natural, visto neste processo haver pouca manipulação das vossas células. Os espermatozoides serão responsáveis por encontrar e penetrar os óvulos, permitindo a sua fertilização.
- Microinjeção Intracitoplasmática (ICSI)
Nos casos específicos onde não é possível a realização de uma FIV, a técnica escolhida será a ICSI. Cada óvulo será injetado com um espermatozoide previamente selecionado. Para a realização deste procedimento utilizamos equipamento específico (microscópio, microinjetores e microagulhas) de alta precisão para que possamos atingir boas taxas de fertilização.
A ICSI é a técnica de eleição em casos onde haja suspeita ou confirmação de que a fertilização possa ser baixa ou inexistente com FIV.
Qualquer que seja a técnica escolhida para o vosso tratamento, esta será determinada com base em diversos critérios para garantir os melhores resultados possíveis. As taxas de fertilização são semelhantes para ambas as técnicas, sendo que nenhuma delas garante a fertilização a 100% dos óvulos.
08 – Cultura dos embriões
No dia seguinte à colheita dos óvulos, um dos nossos embriologistas entrará em contacto convosco para vos dar notícias do vosso tratamento. É neste momento que saberão quantos embriões vão estar em desenvolvimento durante os próximos dias. Durante este período de cultura, que pode variar entre dois a cinco dias, os vossos embriões estarão em segurança no nosso laboratório e os nossos embriologistas irão garantir que têm as condições necessárias e ideais ao seu desenvolvimento.
Os embriologistas determinarão qual será o melhor dia para a programação da transferência do ou dos vossos embriões para o útero materno. Esta escolha irá depender não só da quantidade mas também da qualidade dos embriões. Diariamente, os embriologistas farão uma cuidadosa avaliação de cada embrião para garantir que o ou os melhores embriões serão escolhidos no dia da transferência embrionária.
09 – Transferência para o útero (da mãe gestante)
Chegado o dia da transferência embrionária, os embriologistas vão informar-vos de quantos embriões de boa qualidade possuem em desenvolvimento. Na eventualidade de terem um maior número de embriões (de boa qualidade) do que aquele que pretendem transferir, então, a nossa equipa de laboratório irá criopreservá-los para uso futuro (preservação pelo frio através do método de vitrificação). Os embriões criopreservados mantêm-se intactos e no mesmo estado de desenvolvimento até que sejam descongelados e a maioria dos embriões (cerca de 95%) resiste na perfeição a este processo de congelamento e descongelamento.
Na AVA Clinic terá a possibilidade de escolher transferir um ou dois embriões. No entanto, iremos provavelmente aconselhar-vos sobre o número ideal a transferir para que o objetivo principal seja obter uma gravidez e um parto saudáveis.
O procedimento de transferência é feito em bloco operatório mas, neste caso, não será necessária anestesia visto que é um processo praticamente indolor, sendo em tudo semelhante a um exame ginecológico. A transferência dos embriões para o útero da mãe gestante é realizada através da introdução de um cateter muito fino pelo colo do útero. Com a ajuda de uma sonda ecográfica, o embrião é depositado diretamente no local onde se deverá implantar para que a gravidez ocorra.
10 – Teste de gravidez
Este é o grande dia! Depois de uma espera que sabemos ser difícil, chegou o dia de fazer o esperado teste de gravidez. Normalmente este teste é realizado cerca de 15 dias após a colheita de óvulos e a mãe gestante terá que fazer uma análise sanguínea para confirmação da gravidez. Esta análise pode ser feita no conforto da AVA Clinic, mas se não for prático a deslocação até à nossa clínica poderá realizá-la em qualquer outro laboratório de análises clínicas.
A equipa da AVA Clinic deseja-vos toda a sorte para o vosso tratamento. E não se esqueçam que em qualquer altura podem contactar-nos para esclarecermos as vossas dúvidas. Basta ligar o 213 245 000 ou enviar um e-mail para info@avaclinic.pt. Em caso de necessidade poderão sempre encontrar auxílio com uma das nossas enfermeiras através do telefone de urgências 934 158 700.