Quero ter um filho
FIV/ICSI com Esperma do Parceiro
Fertilização in Vitro/Microinjeção
Intracitoplasmática com Esperma do Parceiro
A fertilização do óvulo pelo espermatozoide ocorre, numa situação natural, dentro do sistema reprodutor feminino. Segue-se a divisão do óvulo fertilizado formando um embrião que se implanta no útero e que, assim, leva a uma gravidez bem sucedida. Se, por alguma razão, algum destes passos estiver ameaçado ou comprometido, a gravidez pode ser dificultada ou pode mesmo não acontecer de forma natural.
A Fertilização In Vitro (FIV) e a Microinjeção Intracitoplasmática (ICSI) são técnicas de Procriação Medicamente Assistida (PMA) que poderão ajudar a ultrapassar o ou os problemas que estejam a impedir uma conceção natural. Com estas técnicas, a fertilização do óvulo pelo espermatozoide ocorre em laboratório e o embrião (ou embriões) é posteriormente transferido para o útero materno para que a gravidez possa ocorrer.
Os tratamentos FIV/ICSI estão indicados nas seguintes situações:
- Obstrução das Trompas de Falópio
- Mulheres com idade reprodutiva avançada
- Alterações ao nível da mobilidade, morfologia ou quantidade de espermatozoides
- Endometriose avançada
- Alguns casos de síndrome dos ovários poliquísticos
- Falha prévia de outras técnicas de PMA
- Infertilidade inexplicada
O seu tratamento passo a passo
1 – Exames e análises
Um dos primeiros passos é a realização de exames e análises. Estes são necessários para o seu médico poder avaliar a situação clínica. Entre os vários exames possíveis encontram-se a ecografia ginecológica, as análises hormonais, as análises de doenças infeciosas ou o espermograma, entre outros.
Após a avaliação destes estudos, o seu médico validará qual o tratamento mais adequado ao diagnóstico realizado, e por esta altura poderá iniciar o seu tratamento. Através de um controlo hormonal, este poderá ser adaptado à sua disponibilidade e iniciado em qualquer altura.
Para realizar uma FIV/ICSI deverá contar com um período de quatro a cinco semanas, desde a altura em que inicia o seu tratamento até ao momento em que faz o seu teste de gravidez.
2 – Estimulação dos ovários
O tratamento começa com a estimulação dos seus ovários para que estes produzam mais do que um óvulo. Sem medicação, o ovário feminino liberta em cada ciclo um óvulo, dando origem a um potencial embrião. Na FIV/ICSI, o objetivo é podermos recolher vários óvulos no mesmo ciclo para que sejam criados mais embriões em laboratório, daí a necessidade da estimulação. Os seus ovários serão estimulados através da toma de medicação hormonal injetável. Existem diversos protocolos para a estimulação ovárica e o seu médico determinará qual o protocolo que melhor se adequa ao seu caso específico.
Durante este período de estimulação ovárica (que tem uma duração média de 10 dias) será necessário visitar a nossa clínica a cada três dias para que o crescimento dos seus folículos (“bolsas” onde crescem os seus óvulos) seja controlado ecograficamente. A qualquer altura, o seu protocolo poderá ter de ser corrigido e as doses hormonais poderão sofrer alterações e, portanto, este controlo ecográfico torna-se essencial para o sucesso do seu tratamento.
3 – Colheita dos óvulos
Assim que os seus folículos atingirem o tamanho ideal, a sua punção ovárica será programada e os seus óvulos serão colhidos com o nível de maturação indicado para a fertilização em laboratório. Este procedimento é feito em bloco operatório e sob anestesia e, portanto, não se trata de um procedimento doloroso.
Os óvulos colhidos são depois levados para o laboratório onde vão permanecer em condições semelhantes às encontradas no corpo humano, ideais à sua fertilização e ao posterior desenvolvimento dos embriões criados.
No dia da sua punção ovárica não vai precisar de mais do que cerca de três horas para recuperar desta intervenção e poderá até voltar à sua rotina habitual assim que sair da clínica (com as devidas exceções que o seu médico poderá indicar).
4 – Recolha do esperma
No mesmo dia da punção ovárica, o seu companheiro terá também de fazer uma recolha de esperma para que possamos juntar em laboratório os seus óvulos e os espermatozoides do seu parceiro. A recolha é feita por masturbação na total privacidade de um quarto específico para esse efeito.
Em casos muito específicos, em que não seja possível recolher os espermatozoides no ejaculado (ex. azoospermias; impossibilidade de ejaculação), poderá ser necessário realizar a recolha diretamente do tecido testicular através de uma biópsia.
5 – Otimização do esperma
Após a análise do ejaculado, os nossos embriologistas aplicam técnicas laboratoriais que permitirão a seleção dos espermatozoides com melhor mobilidade e morfologicamente mais perfeitos. Existem diversas técnicas para o melhoramento da amostra de espermatozoides e os nossos embriologistas vão certificar-se que escolhem a técnica mais indicada para o vosso caso.
6 – Fertilização dos óvulos
No mesmo dia da colheita dos óvulos e da recolha do esperma, a fertilização dos óvulos pelos espermatozoides já selecionados ocorrerá em laboratório. Neste momento iremos utilizar uma de duas técnicas para atingir a fertilização dos seus óvulos:
- Fertilização In Vitro (FIV)
Nesta técnica apenas nos limitaremos a juntar os seus óvulos com a quantidade certa de espermatozoides selecionados para que a fertilização possa ocorrer. Este é o método clássico de fertilização e o fisiologicamente mais natural, visto neste processo existir pouca manipulação das vossas células. Os espermatozoides serão responsáveis por encontrar e penetrar os óvulos, permitindo a sua fertilização.
- Microinjeção Intracitoplasmática (ICSI)
Nos casos específicos onde não é possível a realização de uma FIV, a técnica escolhida será a ICSI. Cada óvulo será injetado com um espermatozoide previamente selecionado. Para a realização deste procedimento utilizamos equipamento específico (microscópio, microinjetores e microagulhas) de alta precisão para que possamos atingir boas taxas de fertilização.
A ICSI é a técnica de eleição em casos de má qualidade espermática (por exemplo, pouca quantidade, baixa mobilidade ou morfologia bastante alterada) e também em casos onde exista suspeita ou confirmação de que a fertilização não é possível com uma FIV.
Qualquer que seja a técnica escolhida para o seu tratamento, esta será determinada com base em diversos critérios para garantir os melhores resultados possíveis. As taxas de fertilização são semelhantes para ambas as técnicas, sendo que nenhuma delas garante a fertilização a 100% dos seus óvulos.
7 – Cultura dos embriões
No dia seguinte à colheita dos seus óvulos, a nossa equipa de embriologistas entrará em contacto consigo para lhe dar notícias do seu tratamento. É neste momento que saberá quantos embriões vão estar em desenvolvimento durante os próximos dias. Durante este período de cultura, que pode variar entre dois a cinco dias, os vossos embriões estarão em segurança no nosso laboratório e os nossos embriologistas irão garantir que têm as condições necessárias e ideais ao seu desenvolvimento.
Os embriologistas determinarão qual será o melhor dia para a programação da transferência do ou dos vossos embriões para o útero materno. Esta escolha irá depender não só da quantidade mas também da qualidade dos embriões. Diariamente, os embriologistas farão uma cuidadosa avaliação de cada embrião para garantir que o ou os melhores embriões serão escolhidos no dia em que realizar a sua transferência embrionária.
Durante o período de cultura dos vossos embriões em laboratório, o seu médico fará a prescrição de medicação que a ajudará a preparar o seu útero para receber os embriões. É importante que não pare esta medicação até que o seu médico ou uma das nossas enfermeiras lhe dê indicação para tal.
8 – Transferência para o útero
Chegado o dia da sua transferência embrionária, os embriologistas irão informá-la de quantos embriões de boa qualidade possuem em desenvolvimento. Na eventualidade de terem um maior número de embriões (de boa qualidade) do que aquele que pretendem transferir, então, a nossa equipa de laboratório irá criopreservá-los para uso futuro (preservação pelo frio através do método de vitrificação). Os embriões criopreservados mantêm-se intactos e no mesmo estado de desenvolvimento até que sejam descongelados e a maioria dos embriões (cerca de 95%) resiste na perfeição a este processo de congelamento e descongelamento.
Na AVA Clinic terá a possibilidade de escolher transferir um ou dois embriões. No entanto, iremos provavelmente aconselhá-la sobre o número ideal a transferir para que o objetivo principal seja obter uma gravidez e um parto saudáveis.
O procedimento de transferência é feito em bloco operatório mas, neste caso, não será necessária anestesia visto que é um processo praticamente indolor, sendo em tudo semelhante a um exame ginecológico. A transferência dos embriões para o seu útero é realizada através da introdução de um cateter muito fino pelo colo do útero e depositando, com a ajuda de uma sonda ecográfica, os seus embriões diretamente no local onde se deverão implantar para que a gravidez ocorra.
9 – Teste de gravidez
Este é o grande dia! Depois de uma espera que sabemos ser difícil, chegou o dia de fazer o esperado teste de gravidez. Normalmente este teste é realizado cerca de 15 dias após a sua colheita de óvulos e deverá fazer uma análise sanguínea para confirmação da sua gravidez. Poderá realizar esta análise no conforto da AVA Clinic, mas se não for prático deslocar-se até à nossa clínica poderá realizá-la em qualquer outro laboratório de análises clínicas.
A equipa da AVA Clinic deseja-lhe toda a sorte para o seu tratamento. E não se esqueça que em qualquer altura pode contactar-nos para esclarecermos as suas dúvidas. Basta ligar o 213 245 000 ou enviar um e-mail para info@avaclinic.pt. Em caso de necessidade poderá sempre encontrar auxílio com uma das nossas enfermeiras através do telefone de urgências 934 158 700.